Meu maior medo, nesse conto, era desenvolver um personagem que fizesse referência a qualquer coisa que já existisse.

Imaginei a viúva, como uma aranha, isso me arrepiou, pois seria coisa batida, a tal viúva negra. Pensei em bruxas, fiquei espantado com minha falta de criatividade. Tirei-a da Caixa de Pandora, até algo relacionado ao Santo Grau, isso me fez sentir idiota.

Acredito que a criatividade ganhou. Você não imagina como dei vida a este personagem que você vai amar odiando!

O poeta é quem sabe realmente dar vida ao tempo, no tempo poético, tudo pode dar vida e alegria, mas, também morte e desespero.

Como querer parar o tempo, não sendo escravo do passado? Como conseguir ter juventude eterna, as custas da morte de quem nos ama? Esse desespero compensa a alegria da juventude? Seria possível nos tempos atuais viver arrodeado de mortes, e não levantar suspeitas? Essa mulher atravessou o tempo, agora seu tempo se torna cada vez mais curto a cada um que lhe dá a juventude.

Ela terá de conseguir a alma do filho de um que ela realmente amou! Será traída por seus sentimentos ou será que o desejo pela juventude vencerá novamente?

A viúva está aqui, e você poderá ser o próximo!